segunda-feira, 29 de março de 2010

Comentáio do diretor Roberto M. Moura sobre a temporada de Codó e Raul de Barros, na sala Funarte 1983.

Trabalhar com o violão de Codó e o Trombone de Raul de Barros me causa incoercível sensação de estar em paz com o Brasil.
Em meio a tantas desesperânças que nosso povo tem alimentado, em meio à descrença que vez por outra nos enfraquece, o som de Raul e Codó soa como um bálsamo e um tônico, simultaneamente.
Através dele passamos a acreditar novamente que vivemmos num país possível - possível pelo menos de gerar filhos assim bons e tão puros.

Trabalhar com Codó e Raul de Barros tem este poder remissor.
Além desta indispensável renovação do orgulho de ser brasileiro, acaba me absolvendo das vezes em que, por causa de outros patrícios nossos, a ânimo se enfraquece e me leva a concordar com Millôr fernandes em que o Brasil é um País inviável.

Roberto M. Moura, 1983.

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