quarta-feira, 13 de maio de 2020

Música "Iá iá da Bahia Chegou" por Aracy Costa (1954)


Aracy Costa - Ia ia da Bahia Chegou (1954)
Baião gravado em LP de 78 rpm no ano de 1954 pela Todamérica.
Autores: Clodoaldo Brito/Codó e João Melo

Ouça a música em:
https://www.youtube.com/watch?v=uHHsWTI1Qak
https://www.youtube.com/watch?v=MZNGupFzCAk




Música "Capoeira Três" do LP Enluarada Elizeth (1967)

Música Capoeira Três (Codó)

Elizeth Cardoso e Codó - LP Enluarada Elizeth (1967)

Músicos:
Codó - violão e vocal (refrão parte final)
Arranjo e condução - Maestro Lindolfo Gaya

Ouça a música: https://www.youtube.com/watch?v=fmMqoMqF-o8

Participações especiais no LP de Clementina de Jesus, Cartola, Codó e Pixinguinha.

Música "Capoeira no Baião" - por Jackson do Pandeiro


Capoeira no Baião (Codó)

Música gravada por Jackon do Pandeiro no LP “Tem Jabaculê  de 1964.
(1964, “Tem Jabaculê”, Philips, P 632714 L)

Ouvir música:
https://www.youtube.com/watch?v=7nlzaAkNWJ4





O Violão Di Giorgio de Codó


Violão Di Giorgio anos 1965-1966, presenteado pelo próprio fundador Romeu Di Giorgio ao violonista Codó pouco depois de sua chegada com a família no Rio de Janeiro. Este violão acompanhou Codó em shows e gravação por cerca de 20 anos, até sua morte em 1984.





Foto tirada entre 1965 e 1966, Codó e sua esposa Zinha com o fonograma da gravação de seu primeiro LP Alma do Mar. Ao fundo vê-se este mesmo violão Di Giorgio.



Codó e João Gilberto – A amizade dos conterrâneos


Clodoaldo Brito nascido em 18/09/1913 em Cairú de Salinas da Margarida BA e João Gilberto nascido em 10/06/1931 em Juazeiro BA.

Com 18 anos de diferença entre eles, Codó e João Gilberto se conheceram em Salvador, a partir de 1947 onde João (16), morando na cidade, visitava apresentações na Codó (34) na Rádio Sociedade da Bahia.

Segundo relato de Codó, o jovem João Gilberto sempre assistia seus shows até o fim, para conversar sobre música e tomar uma cervejinha com ele. 

Em 1949 João (18) passa a também integrar o cast da Rádio Sociedade da Bahia, estreitando mais amizade entre os artista. 

Em 1950 João (19) mudou-se para o Rio de Janeiro, fazendo com que eles se reencontrassem a partir de 1964, quando Codó (51) mudou-se para o Rio de Janeiro com a família, para iniciar a gravação de seus LPs.

João Gilberto já no Rio de Janeiro, visto como excêntrico e reservado, na portaria de seu prédio avisava ao porteiro: - Não estou para ninguém! Mas se for o Codó, você manda subir.

Assim seguiu a admiração e respeito mútuo entre os artistas e conterrâneos, que como muitos vindo do interior tiveram suas vidas guiadas pela música e pelo amor ao violão.


Por Mauricio de Brito Jeronymo (neto de Codó)

Codó, 1955.
João Gilberto, 1950


terça-feira, 12 de maio de 2020

Release: Clodoaldo Brito - Codó


Clodoaldo Brito (Codó)


Nasceu em Cairú, Salinas da Margarida, Bahia em 18/09/1913.
Morreu em Niterói, Rio de Janeiro em 16/01/1984 aos 70 anos.

Violonista e compositor baiano, nasceu na cidadezinha de Cairú no Município de Salinas da Margarida, autodidata aprendeu a tocar violão pelo método prático do Canhoto ainda na infância e começou a compor na adolescência, tendo como sua primeira composição “Minha Primeira Valsa” de 1930.

Fabricou seu primeiro violão, com tábuas de caixote e cordas de piaçava. Aos 9 anos de idade ganhou seu primeiro violão, onde atendendo ao pedido do filho, Paulo o pai de Codó, trocou a vaca leiteira da família pelo instrumento. Por muitos anos usou o primeiro violão que ganhou do pai.

Antes de decidir-se pela música, foi pescador, lavrador, comerciante e capoeirista no Mercado Modelo.

Como violonista, tornou-se conhecido primeiramente no interior do estado da Bahia e em 1938 foi para Salvador, onde já desfrutava de alguma fama.

Entre os anos 40 e 50 trabalhou anos na Rádio Sociedade da Bahia e no Hotel da Bahia, acompanhando grandes estrelas como Silvio Caldas, Nora Ney e Dircinha Batista, dentre outros quando iam à Bahia.

Sua primeira música gravada foi "Iaiá da Bahia", por Araci Costa em 1951.

Na década 60, casado, com Antonina Mascarenhas a quem ele chamava carinhosamente de Zinha, e pai de 10 filhos, mudou-se para o Rio de Janeiro trazendo toda a família.

Na carreira lançou 10 LPs, sendo o primeiro em 1964 intitulado Codó - Alma do Mar, com músicas cantadas e instrumentais, incluindo solos de violão e acompanhamentos de conjunto regional e o último LP em 1984 estreando a série Musica Brasileira vol. 1 – Codó, apresentando temas instrumentais e cantados e já com a participação dos filhos.

Outras composições de sua autoria que se tornaram conhecidas foram "Zum Zum", na voz de Vanja Orico 1955, "Taiti", na interpretação de Rosinha de Valença, e "Tim-dom-dom" (parceria com João Mello), gravada por João Donato em “Muito à Vontade” 1962, Jorge Ben em “Samba Esquema Novo” 1963 por Sérgio Mendes em “Brasil 66” 1966, entre outros; em 2013 no Rock in Rio executada por Mallu Magalhães e orquestra.

Emblemáticas em seu repertório as músicas Alma do Mar, Briga de Rei, Canoeiro, Capoeira Três, Ó Bahia, Pra Ribeira Eu Vou e Samba em Jazz destacam-se na discografia de Codó.
Codó foi também compositor de choros, como "Bole-bole", "Quadradinho" e "Boladinho".

Gravou e participou de shows com Elizeth Cardoso, Paulo Moura, Sivuca, Raul de Barros, Wilson das Neves, Nelson Cavaquinho, Riachão, Ataulfo Alves, Egberto Gismonti, Pixinguinha, Jackson do Pandeiro, Jorginho do Pandeiro, Ismael Silva, Carmen Costa, entre outros.

Bastante respeitado no meio artístico, amigo de músicos como João Gilberto, Paulinho da Viola, Nelson Cavaquinho e Paulo Moura, homenageado pelo amigo Baden Powell na música "Um Abraço no Codó" e para o qual também dedicou músicas como “Um Abraço no Baden” e “Badinho”.

Discografia de Codó:

• Codó -Alma do Mar (1964)
• Codó - Compacto RCA Victor (1966)
• Codó e o Mar (1967)
• O Violão e a Simplicidade de Codó (1968)
• Codó - Um Violão Muito Bom Modéstia à Parte (1969)
• Codó - Vim Para Ficar (1970)
• Codó - Brincando com as Cordas (1973)
• Codó e o Violão - Série Talento Brasileiro (1977)
• Codó - Coisas de Minha Terra (1978)
• Codó - Série Música Brasileira Vol. 1 (1984) 




Baião "Fiquei na Bahia" (Codó e João Mello) - por Gilvan Chaves e Genival Lacerda


Letra música baião “Fiquei na Bahia”, de Clodoaldo Brito e João Mello,
gravada por Gilvan Chaves no LP "Encantos do Nordeste" de 1958 e Genival Lacerda no LP "Mungangueiro pra Daná" de 1970.


Zum zum zum capoeira mata um, zum zum zum capoeira mata um
(coro) Zum zum zum Capoeira mata um, Zum zum zum Capoeira mata um

Saí do norte no pau-de-arara, com destino ao Rio de Janeiro
Passei na Bahia gostei, fiquei, fiquei, fiquei, fiquei
Senti cheiro de dendê, gosto bom de abará
Vi terreiro de nagô e vi baiana sambar
Requebrando requebrando, no bater do canzuá (repete)


Ouça a música:
Gilvan Chaves 1958 - Fiquei na Bahia (Codó): https://www.youtube.com/watch?v=shLbsu396DM
Genival Lacerda 1970 - Fiquei na Bahia (Codó): https://www.youtube.com/watch?v=28Rhmr2wIlA